segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Saudades!


A vida muda o homem. O asfalto muda a árvore. Ainda lembro-me de ser um broto jovem apaixonado pela vida, fascinado pelas coisas, vibrante e esperançoso. Ainda restam em minha memória algumas imagens desse arbusto que olhava para o alto, que ansiava o sol da manhã. Mas como uma fotografia antiga se apaga, assim está minha lembrança.
Cada vez que uma árvore próxima de mim cai, mais um pouco se apaga.
Cada vez que uma árvore não dá seu fruto, mais um pouco de mim se apaga.
Cada vez que uma árvore se adequa ao asfalto, apaga-se um pouco da minha lembrança.
MAS NÃO MINHA ESPERANÇA!
Parafraseando meu amigo Paulo, me permito dizer:
“Três nutrientes ainda adubam a terra onde descansam minhas raízes, e esses três nutrientes são a FÉ, a ESPERANÇA e o AMOR”.
Continuo claro saudoso do menino que fui, assim como o menino era esperançoso do homem que viria a ser: um homem cheio de fé, de esperança e amor.

- Sua esperança deu frutos menino, o jardineiro que sempre adubou sua terra nunca falhou! E hoje você é árvore grande frutificando fé, esperança e amor!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Até onde vão raízes virtuais?


No início do ano de 2008 comecei esse movimento de resistência sem a menor pretensão ou noção da extensão que poderia tomar, para ser sincero não tinha idéia alguma até que na última semana descobri uma ferramenta que possibilita ver os países de onde acessaram meu blog. Não fiquei surpreso ao ver Brasil, Portugal e EUA na lista afinal tenho muitos amigos nesses três países, mas fiquei pasmo com os restantes. Deixo então aqui minha pequena homenagem às árvores espalhadas pelo mundo, seja em seus canteiros, florestas, varandas ou quintais. Árvores da resistência. Árvores que estão na Alemanha, Arábia Saudita, Áustria, Bielorússia, Brasil, Chile, Coréia do Sul, Espanha, EUA, Holanda, Hungria, Irã, Japão, Polônia, Portugal, Rússia e tantos outros lugares do mundo. SEMPRE ROMPENDO ASFALTO ®Since2008

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Gostas de...?

Essa pergunta apanhou-me hoje, como dizem alguns, de calças curtas ou calças na mão. Isso porque a pergunta se referia a algo que realmente gosto de fazer mas que entretanto há muito não fazia. Escrever!!! Sim gosto de escrever. Não acho que sou realmente bom nisso, nem tenho grandes expectativas de ser lido, mesmo assim gosto de escrever. Mas será que posso realmente afirmar que gosto de escrever quando o tenho feito com tão pouca frequência? Minha esperança é de que sim. Talvez eu não goste realmente de escrever, apenas goste da ideia de que gosto e isso seja um tipo de orgulho idiota e vazio. Mesmo assim, gosto de pensar que sim. E pensar que sou árvore frutífera em tempos de fast-food. Escrevo por temporadas, escrevo usando como matéria o mundo que me cerca, escrevo no meu tempo, na minha temporada, na minha estação. Gosto de pensar que não dou frutos pedidos por números e acompanhados de batatas fritas e refrigerante grande, mas acompanhados das marcas ganhas por aqueles que escalam árvores em busca de fruto, de terra entre as unhas dos pés descalços e do aroma doce deixado nas mãos.
Gosto de pensar que posso fazer o que gosto quantas vezes eu quiser, mesmo que poucas, e mesmo assim poder dizer que gosto.
Portanto: Gosto de escrever porque gosto quando escrevo e porque escrevo quando gosto!