terça-feira, 14 de abril de 2009

Ao 3º dia

Minha agonia só parece-me aumentar.
Já há três dias que te deixaste matar.

Ainda não percebo o que se passou.
Parece-me um sonho mal, sem fim.
Porque partiste? Agora estás longe de mim.
(…)
Bateram à porta e falavam de ti.
Disseram-me que sou corpo fora roubado.

Ao Chegar ao sepulcro seu corpo não vi,
apenas os panos em que fora enrolado,
e depois, Tu Ó Mestre, em seu novo corpo: GLORIFICADO!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Enquanto a Pascoa não vem!!!

1º Dia - Solidão pré-pascoal

Sei que me vias. Por dentro. No fundo.
Sei que conheceste minha intenção.

Ainda assim chamaste-me amigo.
Ainda assim tu ceaste comigo.
Partiste-me o pão como a um irmão.

Agora fiquei novamente sozinho.
Disseste-me que tinhas que ir.

Estou novamente perdido.
Desconsolado, desiludido.
Sendo tu Deus: - Por que te deixaste morrer então?
.
.
2º dia – Quem sou eu sem ti?

Há alguns anos lá estava eu:
Sem ti, à margem, sozinho.

Preocupado com minha vida.
Sem destino, sem rumo, sem caminho.
Deixado à mercê da maré da ilusão.

Foi quando vi-te à caminhar sozinho.
Procuravas algo! Achaste-me: irmão!

Nunca te importaste com meus pecados.
Tornaste-me alguém melhor, aprovado.
Como ser EU sem ti, agora, meu Mestre-irmão.

Marcus Baridó 11-04-2009