terça-feira, 30 de novembro de 2010

Minha alma canta...(???)

Essa semana duas músicas estavam no playlist da minha mente, e com repeat:

A primeira fala da minha saudade de um lugar que chamei de casa a maior parte da minha vida. Onde fui plantado, onde brotei, onde aprofundei raizes e aumentei meu tronco: "Minha alma canta / Vejo o Rio de Janeiro / Estou morrendo de saudades / Rio, seu mar / Praia sem fim / Rio, você foi feito prá mim"

A segunda me lembra das contradições vividas no cotidiano de um grande centro urbano: "Funny the way it is / If you think about it / One kid walks 10 miles to school / Another’s dropping out / Funny the way it is, not right or wrong / On a soldier’s last breath / His baby is being born."

Essa semana meu coração se partiu quando vi amigos que eu antes considerava piedosos clamando por sangue e pessoas que eu considerava impiedosas pedindo paz. Acho que não houve um dia que eu tenha conseguido dormir antes de 4am, meu coração pesava... chorava... sangrava. Cada dia mais entendo a oração: "Senhor perdoa-os pois eles não sabem o que fazem!" Senhor perdoa-me pois não sei o mal que faço, mas mostra-me e ensina-me para que eu não faça mais!

Esses dias minha alma não tem cantado!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Novos caminhos para a raiz!

Porque crianças dão com a cara na parede quando correm? Simples, porque não estão olhando para onde correm, ou seja, porque correm para um lado e olham para o outro. Um pai "normal" quando o filho dá com a cara na parede correria para ver se está tudo bem, para dar um carinho, um beijinho. Eu porém além de não ser normal também não tenho amigos lá muito normais. Ainda me lembro de estar conversando com um amigo na sala de sua casa quando sua filha entra na sala correndo, atravessa-a da mesma maneira que entrou, e olhando para nós. Claro que ela além de dar com a cara na parede do corredor ainda deu com a cabeça no chão quando caiu. Imediatamente meu amigo começou a rir... RIR MESMO! Sua filha se levantou, e olhando para nós dois começou a RIR! Não vi uma lágrima sequer!

Às vezes, procuramos estender nossas raízes para um lado enquanto olhamos para o outro e damos com "a cara" no asfalto. Meu "Pai", Ele ri! Não por ser sádico, não por não me amar, não por não se preocupar comigo. Ele sabe que estou bem e vou sobreviver. Ele sabe que aprendi uma importante lição, e, sabe também que seu riso me ensina outra importante lição: Quando o caminho que planejamos para nossa raiz não é bem sucedido, chorar apenas embaça nossa visão e em nada ajuda. Devemos portanto sorrir e rir de nossa condição limitada, aprender a lição e procurar novos caminhos para ROMPER ASFALTO!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Recuar para avançar!


Essa semana aconteceu algo que ainda não havia acontecido, ao fim dos dias o chão estava coberto de folhas das árvores. E cada dia mais. Agora sim chegou o outono. Até aqui as árvores resistiam, lutavam, já não o fazem. Perceberam que o tempo de “recuar” é chegado, que é preciso despir-se de toda “beleza”, de tudo que não é essencial para a sobrevivência. É tempo de abrir mão das flores, das folhas, é tempo de poupar-se.
Árvores! Há tempos onde precisamos “recuar”, perder flores e folhas, para conseguirmos sobreviver ao inverno! E que, assim, quando vier a primavera da alma ainda haja “sopro” em nós e possamos novamente vestirmo-nos de toda folha e flor espalhando por todo lado o doce perfume que nos foi conferido pelo criador.
Há temporadas em que precisamos recuar para posteriormente avançar!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sol de Outono

Morno sol de outono que me aquece as idéias geradas no calor do verão, não permita que o frio dos ventos do norte as mate de frio. Sim, peço-te ó meu Sol, não só meu mas de toda árvore. Ó poderoso Sol. "Luz do homens" como disse Yôḥānān, vença as trevas que me afrontam no caminho e faça resplandecer tua luz, para que eu continue fazendo minha "fotossíntese espiritual-ideologica" e continue sempre "verde" e cheio dessas flores que exalam Teu doce perfume.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Fiel "Jardineiro"

No princípio uma força criadora inteligente, com vontade e amor, criou todas as coisas. Criou também essa árvore. Mas essa árvore não estava satisfeita e quis conhecer o resto do mundo e fugiu do “jardim" onde estava plantada. Depois de algum tempo descobriu que não há lugar como o lugar onde estava plantada: terra boa, sombra, abrigo e água fresca de nascente. Tu Árvore precisa é voltar à Origem! À sombra, resguardo e proteção que apenas teu fiel “Jardineiro” pode dar. Que as doces consolações do “Jardineiro” sejam contigo no restante dessa semana!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Livro antigo

Tenho um livro muito antigo em casa, na verdade é uma compilação de livros antigos, e é nesse livro que me inspiro para ser árvore livre. Em um dos livros, escrito por um judeu chamado יוחנן (Yôḥānān), no quarto capitulo, יוחנן citando um amigo, diz: “Abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita.” Portanto grito: “ABRAM OS OLHOS! ABRAM OS OLHOS! PAREM DE OLHAR SEUS PRÓPRIOS UMBIGOS E OLHEM OS CAMPOS! OS CAMPOS ESTÃO MADUROS E PRONTOS PARA A COLHEITA! QUEM COLHERÁ?” Sei que minha voz é fraca e que o som que produzo é o de folhas agitadas pelo vento. Mesmo assim não me calo! QUEM COLHERÁ?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Hora de podar

AMIGO, CUIDADO na hora de podar! Você não vai querer cortar bons galhos e deixar os ruins. O objetivo de toda árvore é dar fruto, é seu mandato cultural. Portanto, cortar o galho errado pode tirar todo sentido de sua existência. Na hora da poda não adianta apenas boa intenção é necessário ciência do que tirar e o que deixar. Podar de maneira errada pode fazer com que as flores não venham e os frutos não apareçam. Fará com que você se sinta uma planta de plástico, artificial, vazia, literalmente vazia. Palavras de uma árvore que sente aquilo que diz: vazia, literalmente vazia! De flores, de frutos, de significado, de …

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Àqueles que adubam minha terra

É difícil ser árvore plantada em terra árida. É difícil o inverno severo da alma. É difícil esperar a primavera quanto tudo que se vê são galhos nus. É difícil quando os nutrientes disponíveis são menos que o necessário para crescer, apenas o suficiente para sobreviver. Por isso sou grato, e mais que grato, eternamente grato àqueles que adubam minha terra. Adubam com suas preocupações, com suas orações, com seu amor, com seus conselhos, com seu cuidado, com seu apreço. Forma-se assim uma estufa ao meu redor, onde consigo respirar melhor e um calor morno se forma. Aquece-se então minh`alma.

Grato, muito grato, eternamente grato. Espero retribuir o adubo despendido.