segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ao cheiro da chuva

Aquele que cuida de mim, responde quando eu pergunto e revela verdade eternas disse: 
"Para a árvore pelo menos há esperança: se é cortada, torna a brotar, e os seus renovos vingam.
Suas raízes poderão envelhecer no solo e seu tronco morrer no chão;ainda assim, com o cheiro de água ela brotará e dará ramos como se fosse muda plantada."Jó 14:7-9

E eis que "chove chuva, chove sem parar" e ao cheiro da chuva relembro de que há esperança para a árvore. É possível sim voltar a dar ramos mesmo que já pareça morta.


Há esperança pois aquele que cuida de mim cuida também de todo o universo e o detêm na palma de suas mãos.


Há esperança pois aquele que sabe de tudo isso, hoje enviou chuva para regar meu tronco cortado e envelhecido pelas dores da vida.


Há esperança pois ainda há amor.


Há esperança...

domingo, 29 de abril de 2012

Quando damos fruto podre...


Por vezes sonhamos, planejamos, organizamos, pensamos, arrazoamos, e, no final nossos frutos são podres. Nossas sementes são estéreis. Nesse momento somos vazios. Nos falta significado, nos falta razão. Se somos árvores, feitos para dar bom fruto e multiplicar, como podemos achar sentido? 
Ainda há sangue correndo em minha veia, ainda há vida dentro de meu ser, mas a esperança... ah a esperança... essa se foi com o verão! 
Assumo que deveria ser cortado pelo jardineiro... assumo que sou incapaz e apenas consumo o que o solo oferece sem oferecer nada em troca... apenas ofereço frustração! Apenas ofereço dor! Apenas ofereço decepção àqueles que confiaram em mim, esperaram de mim, sonharam com meu fruto.
Desculpem se sou incapaz... mesmo... desejava ser melhor! Eu também desejei os mesmo frutos que vocês!
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oh jardineiro, entenderei se me cortares do teu jardim, mas por amor permita-me tentar!
Cuide mais de mim!
Derrame de sua graça em minha vida pueril!
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Não ouçam aquilo que digo... pois também é fruto mal e não merece atenção!
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Agora andarei longe... bem longe... quem sabe eu volte! Talvez eu volte! 
Se não voltar, lembrem da parte boa de mim, já que a parte má, essa carrego comigo onde vou!
Deus os abençoe!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Silêncio

Há momentos em que o silêncio vale mais que mil palavras. Há momentos em que apenas uma palavra pode mudar tudo. E há momentos em que é preciso mesmo falar, apenas falar, falar muito, simplesmente vomitar palavras. Isso mesmo, vomitar palavras. Palavras disformes, fedorentas palavras, sem lógica, sem fim, sem compromisso, sem etiqueta. Nesse momento não existem palavras certas ou erradas, nem palavras melhores e piores para expressar qualquer sentido, isso porque nada precisa fazer sentido. Apenas precisam ser palavras que venham de dentro, do fundo, do âmago, viscerais, cheias de emoção e verdade. Palavras com “P” não apenas palavras.

Por hoje me calo, antes que vomite em vocês!